ENSINO HIBRIDO (Blended Learning)

O ensino híbrido ou educação híbrida é uma mistura de recursos educacionais do presencial físico com os recursos digitais da educação online, permitindo que o aluno estude sozinho on-line ou em sala de aula interagindo com os colegas e com o professor.


O ensino hibrido busca inovar e modelo tradicional de ensino por meio da integração de tecnologias educacionais, buscando estimular o protagonismo dos alunos no próprio processo de aprendizagem, uma vez que eles já vivenciam, no cotidiano, o virtual e o real.


A adoção desta metodologia exige que sejam repensadas a organização da sala de aula, a elaboração do plano pedagógico e a gestão do tempo na escola, uma vez que os papeis desempenhados pelos professores e alunos sofrem alterações em relação à proposta de ensino tradicional e as configurações das aulas favorecem momento de interação, colaboração e envolvimento com as tecnologias digitais.

CARACTERÍSTICA


Veja algumas das características do ensino híbrido:

  • aluno no centro do processo de ensino e de aprendizagem;
  • professor como mediador do processo de ensino e de aprendizagem;
  • engajamento da instituição na reformulação do currículo;
  • uso das tecnologias, a fim de personalizar o acompanhamento da aprendizagem dos alunos;
  • planejamento de aulas que considera o ritmo de aprendizagem dos alunos.


Moran (2015) menciona que não é possível pensar o ensino híbrido sem considerar a realidade social, econômica e cultural em que os alunos vivem. O autor destaca a importância de compreender esse ensino como parte da vida. Assim, o professor deve personalizar o ensino a fim de proporcionar um ambiente significativo de aprendizagem, para que o aluno seja autônomo nesse processo.

MODELOS DE EDUCAÇÃO HÍBRIDA



1. MODELO POR ROTAÇÃO

         O modelo de rotação é aquele utilizado em qualquer curso ou disciplina em que o aluno costuma alternar entre as modalidades de aprendizagem presenciais e on-line, o que podem fazer a partir de uma sequência fixa ou por outros critérios criados pelo professor.

ROTAÇÃO POR ESTAÇÕES


Um dos modelos de ensino híbrido mais utilizados é a rotação por estações. Nele o aluno pode realizar diferentes atividades que não estão ligadas diretamente uma a outra. São blocos de aprendizagem que possuem início, meio e fim bem definidos. Além disso, a rotação por estações utiliza de novas tecnologias para o processo de construção de conhecimento individual e coletivo.


Convém destacar que uma destas estações poderá disponibilizar ações realizadas on-line pelo grupo.


LABORATÓRIO ROTACIONAL


Outra metodologia muito utilizada é a rotação de laboratório. Ela consiste em dividir uma turma em dois grupos: aquele que ficará no EAD e o que ficará com aulas tradicionais.


Com isso, são definidos períodos para a troca desses grupos de ambiente de aprendizagem, ou seja, eles se invertem. Para que na prática esse modelo de ensino híbrido funcione é necessário utilizar laboratórios de informática, de ciências, de práticas físicas, entre outras tecnologias que melhorem o ensino.


SALA DE AULA INVERTIDA (FLIPPED CLASSROON)


A sala de aula invertida consiste em duas fases complementares. A primeira delas é a absorção de todo o conteúdo teórico pelas aulas à distância, utilizando toda a infraestrutura digital.


Após isso, é hora de colocar o conhecimento na prática! A parte presencial desse modelo é voltada totalmente para tirar dúvidas, trabalhar em grupo e voltada para uma metodologia ativa.


Valente (2014, p. 85) conceitua a sala de aula invertida como:

[...] uma modalidade de e-learning na qual o conteúdo e as instruções são estudados on-line antes de o aluno frequentar a sala de aula, que agora passa a ser o local para trabalhar os conteúdos já estudados, realizando atividades práticas como resolução de problemas e projetos, discussão em grupo, laboratórios, etc.


ROTAÇÃO INDIVIDUAL


Quando o assunto é personalização do ensino, a rotação individual é um dos modelos mais indicados. Para que ele seja construído, os professores devem criar planos de estudos pedagógicos para cada aluno, constituído de aulas tradicionais e também experiências com tecnologias digitais.


Esse modelo tem como foco o caminho a ser percorrido pelo estudante de acordo com suas dificuldades ou facilidades, identificadas em alguma avaliação inicial ou prévia.



2. MODELO FLEX

     Um dos modelos de ensino híbrido mais utilizados é a rotação por estações. Nele o aluno pode realizar diferentes atividades que não estão ligadas diretamente uma a outra durante o ano ou período letivo.


     São blocos de aprendizagem que possuem início, meio e fim bem definidos. Além disso, a rotação por estações utiliza de novas tecnologias para o processo de construção de conhecimento individual e coletivo.


3. MODELO Á LA CARTE

     Um dos modelos de ensino híbrido mais utilizados é a rotação por estações. Nele o aluno pode realizar diferentes atividades que não estão ligadas diretamente uma a outra durante o ano ou período letivo.


     São blocos de aprendizagem que possuem início, meio e fim bem definidos. Além disso, a rotação por estações utiliza de novas tecnologias para o processo de construção de conhecimento individual e coletivo.


4. MODELO VIRTUAL ENRIQUECIDO

     O modelo virtual enriquecido, por sua vez, é aquele utilizado em cursos que oferecem sessões presenciais de aprendizagem, que serão complementadas pelos alunos em períodos posteriores de forma on-line. Por exemplo, o aluno estuda na escola física nas segundas e nas quartas-feiras e realiza atividades on-line nas terças, quintas e sextas-feiras. Dessa forma, os alunos e o professor não se encontram diariamente.


REFERÊNCIAS


MORAN, J. Educação híbrida: um conceito-chave para a educação hoje. In: BACICH,

L.; TANZI NETO, A.; TREVISANI, F. M. (Org.). Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015.Parágrafo Novo.


VALENTE, J. A. Blended learning e as mudanças no ensino superior: a proposta da sala de aula invertida. Educar em Revista, Curitiba, Edição Especial, n. 4, p. 79-97, 2014.

Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/er/nspe4/0101-4358-er-esp-04-00079.pdf>. Acesso em: 10 set. 2018.