O Advento é um tempo forte na Igreja, onde nos preparamos para a celebração do Natal.
Tem duas características, marcadas por dois momentos:
No Advento temos quatro domingos, o terceiro chamado "Gaudete", isto é, domingo da alegria. Podemos dizer que os quatro domingos do Advento simbolizam os quatro grandes períodos em que Deus preparou a humanidade, de maneira progressiva, para a grande obra da redenção em Cristo. Esses quatro períodos são:
1º) O tempo que vai de Adão a Noé
2º) O tempo de Noé a Abraão
3º) O tempo de Abraão a Moisés
4º) O tempo que vai de Moisés a Cristo.
Com Abraão começa, historicamente, a caminhada da salvação (Cf. Gn 12). Os quatro domingos simbolizam também as quatro estações do ano solar e as quatro semanas do mês lunar. Aqui se pode ver a harmonia entre tempo histórico e tempo cósmico. Também a coroa do Advento, em sua forma circular, com suas quatro velas, quer chamar nossa atenção, já no início do Ano Litúrgico, para o mistério de Deus que nele vamos celebrar. A cor verde dos ramos da coroa (pinheiro, principalmente), fala do mistério cristão, que nunca perde o seu verdor, e simboliza então a esperança e a vida eterna.
Três personagens bíblicos marcam o tempo do Advento. São eles: o profeta Isaías, São João Batista e a Virgem Mãe de Deus.
Atenção: Não é tempo penitencial, no sentido próprio e litúrgico, mas tempo de expectativa, de moderação e de esperança.
O Natal é a celebração principal de todo o ciclo natalino. Constitui portanto o seu centro. Cristo nasce em Belém da Judéia, em noite fria (inverno), mas traz do céu o calor vitalizante da santidade de Deus, em mensagem de paz dirigida sobretudo aos pobres, com quem se identifica mais plenamente, cumulando-os das riquezas do Reino. Sua "noite feliz" sinaliza para a "noite fulgurante" da Sagrada Vigília Pascal do Sábado Santo, onde as trevas são dissipadas, definitivamente, pela luz do Cristo Ressuscitado.
No Natal se dá a união hipostática, ou seja, a natureza divina se une à natureza humana, numa só pessoa, a pessoa do Verbo Encarnado (Cf. Jo 1,14), mistério que transcende a compreensão humana. É pura humildade de Deus e pura gratuidade do amor divino.
O Tempo do Natal dois momentos.
Vejamos, agora, as festas e solenidades do ciclo do Natal, nomeando-as, mas sem referência a aspectos celebrativos:
Estas duas últimas na Quaresma, sendo que, com referência à Anunciação, esta também pode cair, eventualmente, na Semana Santa. Nesta última hipótese, tal solenidade é transferida para depois da Oitava da Páscoa, uma vez que na Semana Santa não se pode fazer nenhuma comemoração que não seja a da sua própria liturgia.
Dentro ainda da Oitava do Natal, três festas do "Santoral" são celebradas, mas com Vésperas da Oitava. São elas: Santo Estêvão, diácono e protomártir, em 26 de dezembro; São João, Apóstolo e Evangelista, em 27 de dezembro; e Santos Inocentes, em 28 de dezembro